Renato Dorneles e Zeca Brito discutem o sistema prisional gaúcho
9 de maio de 2014
O documentário “O Poder entre as grades” foi finalizado recentemente pela produtora Panda Filmes e exibido em TV aberta, através da emissora pública TVE para todo o Rio Grande do Sul. O jornalista Renato Dorneles e o diretor de cinema Zeca Brito estiveram presentes no programa ConexãoRS, do canal Ulbra TV Cultura, para discutir sobre o sistema prisional gaúcho, a partir das experiências de seus trabalhos.
O documentário, dirigido por Tatiana Sager e Zeca Brito, foi realizado a partir da história do livro-reportagem Falange Gaúcha, escrito por Renato Dorneles e publicado em 2007, fruto de pesquisas, de observações e de coberturas jornalísticas de Dorneles como repórter policial.
Alimentado por um modelo penitenciário falido, pela omissão ou incompetência das autoridades e pela ousadia dos que nada têm a perder, o crime organizado vicejou no Rio Grande do Sul nas últimas décadas, levando pânico à população e transformando os estabelecimentos prisionais em sucursais do inferno e base de operações da Falange Gaúcha – uma das organizações criminosas que marcou o crime organizado no RS.
A guerra pelo controle das ações criminosas, em especial do tráfico de drogas e dos assaltos a bancos e carros-fortes traduziu-se em derramamento de sangue dentro e fora dos presídios, motins, sequestros, perseguições cinematográficas, traições e vinganças. E, apesar de sucessivas promessas, o Presídio Central, palco principal desses acontecimentos, continua de pé, com sua absoluta falta de condições.
Essa realidade apresentada no livro de Renato Dorneles foi traduzida em uma série de depoimentos que compõem o documentário “O poder entre as grades”, mostrando o cotidiano dos presos que administram as galerias do Presídio Central de Porto Alegre, através de diferentes facções organizadas.
Hoje, a capacidade de presos suportados pelo PCPA é de 2069, mas a realidade abriga 4523. Desse total, 42% estão em cumprimento de pena, ou seja, deveriam estar na penitenciária, pois PCPA serve somente para as prisões temporárias e/ou prisões em flagrantes. Sendo assim, após o transito em julgado, o condenado deveria ir para uma penitenciária.
“Para habitar no inferno e sair inteiro dele, tu tens que virar demônio também”. Palavras de Jorge Luiz Gomes, um dos apenados do Presídio Central de Porto Alegre que participa do documentário.
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